Sulfito – SO₂ nos vinhos

O assunto de hoje muitas vezes gera uma polêmica danada e é muito controverso.
Você já deve ter ouvido por aí alguma discussão sobre os vinhos que contém sulfitos e os que não contém.
Mas por que será que esse tema provoca tanta discussão entre os que defendem o uso dessa substância e aqueles que vão para o caminho contrário?
Vamos então abordar hoje, de forma breve (embora o assunto seja pra lá de longo) sobre o dióxido de enxofre ou sulfitos nos vinhos.
Vamos te contar o que é o sulfito, para que serve, como ele é usado na enologia e porque tem gente contra ou a favor.
Bom, o SO₂ (dióxido de enxofre) é um gás natural formado de enxofre e oxigênio. O sulfito se forma quando o SO₂ entra em contanto com solução alcalina.
Na enologia, o sulfito ou SO₂ tem funções antioxidantes, anti-sépticas e conservantes, usado em diversas fases da elaboração dos vinhos e se utilizado de forma criteriosa, certa dose de sulfito garante a qualidade do vinho e quando usado de maneira incorreta ou em excesso pode gerar alguns problemas nele.
As doses permitidas para adição de sulfito depende da legislação de cada país. Por exemplo, na Europa e EUA, quando vinho tem uma quantidade maior que 10mg/L, é obrigatório que na etiqueta venha escrito “Contém Sulfito”.
Também é importante deixar claro que o sulfuroso é um composto que surge naturalmente durante a fermentação alcoólica, onde as leveduras através de reações como a redução de sulfatos, geram partículas de enxofre que posteriormente passa a sulfuroso.
Portanto, todo vinho possui alguma quantidade, por mínima que seja, de SO₂ natural. Mas não dá para comparar o SO₂ natural com o sintetizado adicionado ao vinho de forma indiscriminada.
Em quais vinhos se usa o SO₂ ?
É usado tanto nos vinhos convencionais como também nos vinhos que fazem parte da corrente orgânica, biodinâmica e dos vinhos naturais, porém nesses três últimos a utilização dos sulfitos adicionados é bem limitada ou até mesmo nula.
A diferença então (em relação aos sulfitos) entre os vinhos convencionais e os vinhos naturais, biodinâmicos e orgânicos, está na quantidade de sulfitos adicionados.
Claro que existem vinhos convencionais que fazem essa adição de sulfito de forma mais criteriosa.
O problema, na nossa opinião, é que alguns vinhos convencionais, além dos sulfitos, contém um montão de outros produtos químicos sintéticos que tornam esses vinhos totalmente maquiados, perdendo todo o carácter da própria uva e a personalidade dada pelo terroir. Mas isso é assunto para outro artigo.
Um dos motivos daqueles que defendem os vinhos com nenhum ou muito pouco sulfito adicionado é o fato de que ele pode gerar alguns efeitos bastante ruins, como por exemplo: dor de cabeça, reações alérgicas e uma pior ressaca (além da que o excesso de álcool já provoca).
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Bons vinhos 🍷🍷
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